Na última terça-feira, 11 de março, as alunas residentes em Recife celebraram a formatura da 17ª turma do Mulheres in Tech (MIT), iniciativa da Fly Educação que tem impactado a vida de mulheres no Norte e Nordeste, oferecendo formação em tecnologia e ampliando perspectivas de carreira. Desde 2024, o projeto conta com apoio financeiro do Serpro, por meio do Programa Agora, garantindo benefícios como auxílio financeiro e alimentação para as alunas. O evento ocorreu no Porto Digital, importante polo de inovação da cidade, marcando mais um passo na transformação de carreiras femininas no setor.
Loyanne Salles, superintendente de Comunicação, Marketing e Responsabilidade Social do Serpro, destacou a satisfação em ver o MIT concluir a primeira turma com apoio da empresa. “Essa turma de 50 alunas inaugurou o Programa Agora 2M, sendo o primeiro projeto selecionado a operar com esse modelo de investimento social da empresa”, disse. “No primeiro ano, foram selecionados quatro projetos, dentre 160 inscritos, e a Fly se destacou por sua estrutura robusta capaz de implementar iniciativas com excelência. Ela foi a primeira organização a concluir uma formação com grande compromisso, evidenciado pelo acompanhamento da empregabilidade das participantes, o que demonstra seu foco nos resultados”, complementou Regina Faria, gerente de Responsabilidade Social da Serpro.
A fundadora e diretora Educativa da Fly Educação, Alejandra Yacovodonato, destacou a importância da iniciativa na democratização do acesso à tecnologia. “Este projeto é a realização de um sonho, agora mais possível graças ao apoio do Serpro. Nossa missão é reduzir desigualdades e criar oportunidades para mais mulheres ingressarem no setor”, afirmou. Alejandra fundou a ONG em 2014, poucos meses depois de desembarcar em São Paulo, após emigrar da crise humanitária da Venezuela. Dez anos se passaram e os números comprovam o impacto da iniciativa. Em 2023, o MIT beneficiou 2 mil participantes e, em 2024, ampliou esse alcance para 2,5 mil mulheres. A expectativa da fundadora para os próximos anos é que o programa forme 10 mil mulheres anualmente.
Impacto social e empregabilidade
Além de capacitar, o projeto tem gerado oportunidades concretas no mercado de trabalho. Segundo dados da ONG, 71% das participantes que concluem o curso conseguem emprego na área de tecnologia. Entre as egressas, 23% foram promovidas de três a cinco posições, 13% subiram de cinco a sete cargos e 2% já ocupam funções de liderança.
Outro destaque é o impacto econômico direto proporcionado pela capacitação. “Somando os salários conquistados por essas mulheres após a formação, chegamos a um total de R$ 5 milhões – o equivalente a US$ 1 milhão – injetados diretamente na economia delas e de suas famílias”, ressaltou Alejandra.
Transformação pessoal e profissional
O MIT não se limita à formação técnica, mas também fortalece habilidades socioemocionais e amplia redes de contato entre as participantes. Ana Cláudia Nascimento, formanda e oradora da 17ª turma, celebrou a oportunidade de se preparar para o setor. “Estar aqui hoje, conhecendo outras participantes e fortalecendo meu emocional para enfrentar os desafios dessa área, é um sonho realizado”, afirmou.
A professora socioemocional da Fly Educação, Atena Magalhães, que está no projeto desde setembro do ano passado, compartilhou sua experiência: “A troca entre alunas e professores é muito rica. Levamos nosso conhecimento e, ao mesmo tempo, aprendemos com as histórias diversas das alunas, o que enriquece a teoria e a prática. Esse trabalho não só oferece um aprendizado diferente, mas também nos permite atuar de forma colaborativa com uma grande comunidade de mulheres que busca transformar a realidade delas na própria vida e no mercado de trabalho”, declarou a professora, que é assistente social de formação.
A coordenadora de projetos da Fly Educação, Clarice Carvalho, ressaltou o impacto do apoio do Serpro na viabilização da formação. “Esta edição foi especial, pois conseguimos oferecer, além do curso gratuito, auxílio financeiro e alimentação às participantes, incentivando ainda mais sua jornada na tecnologia”, destacou. Segundo ela, o curso focado em front-end proporcionou alto engajamento com uma formação qualificada, preparando as alunas para os desafios do mercado. “Estamos muito felizes com os resultados e com a parceria, que foi essencial para o sucesso dessa iniciativa”, concluiu Clarice.
Caminhos para o mercado
Maria Eduarda Pereira, uma das egressas da turma, expressou sua gratidão pela experiência e esperança pelo futuro. “Eu já estudava programação, mas me sentia perdida sobre como ingressar no mercado. O curso da Fly foi essencial para me dar essa perspectiva e entender os passos necessários para fazer acontecer”, disse. Agora, ela se sente preparada para buscar uma vaga na área. “Sei que não será fácil, como nada é, mas confio nas minhas competências e tenho boas expectativas para meu futuro na tecnologia”, declarou.
Além da formação técnica, o curso abordou estratégias essenciais para inserção no mercado. Luana Miranda, que fez parte da banca avaliadora dos projetos das formandas, enfatizou a importância da persistência e do realismo na busca por oportunidades. “O primeiro passo foi dado com a conclusão do curso. Agora é essencial revisar perfis no LinkedIn, participar de oficinas e acompanhar conteúdos atualizados para se destacar diante dos recrutadores”, explicou.
Luana também reforçou a relevância do networking. “Conectar-se com profissionais da área e buscar mentoria são passos fundamentais. No início, pode ser útil acompanhar um desenvolvedor inspirador e, com o tempo, novas oportunidades surgirão. O importante é não ter vergonha de pedir ajuda”, acrescentou.
Expansão e perspectivas futuras
Com números expressivos e um impacto social significativo, Alejandra projeta um futuro promissor para o MIT. “Nosso sonho a longo prazo é transformar esses resultados em políticas públicas que beneficiem não apenas o Brasil, mas toda a América Latina”, afirmou. “No Agora, o Serpro valoriza parcerias como essa, que buscam transformar vidas e gerar impacto real na sociedade. É emocionante ver como essas ações podem gerar mudanças significativas e trazer esperança para um mundo melhor”, conclui Regina Faria.
Agora
O Programa Agora, lançado pelo Serpro em 2023, tem como objetivo promover a inclusão sociodigital de grupos minorizados por meio de investimentos em tecnologia e educação. Dividido em duas frentes, o “Agora 3T” apoia projetos voltados para pessoas trans e travestis, oferecendo capacitação em TI e empreendedorismo digital, enquanto o “Agora 2M” busca incluir mulheres de grupos vulneráveis, como negras, indígenas e quilombolas, no setor tecnológico. O primeiro edital destinou R$ 1 milhão a iniciativas sociais, impactando diversas comunidades. Além disso, em 2024, o Serpro expandiu suas ações com projetos como o Hub Serpro, incentivando a participação feminina nos eSports.
por Assessoria de Imprensa Serpro
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